terça-feira, 26 de janeiro de 2010

História (Parte I)


Em 1975, após a independência de Moçambique, Samora Machel, tendo consciência do poder de auxílio do cinema na unificação e estruturação do regime socialista, teve como primeira acção a nível cultural a criação do Instituto Nacional do Cinema (INC).
O INC, tinha como objectivo "filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo" isto é, filmar a sua actualidade (a guerra). Assim, nasceu a sua principal produção: o Kuxa Kanema. Os documentários rodavam nas salas de cinema independentes, e nas salas de cinema móvel sendo divulgados por toda a população.
Estes filmes são insubstituíveis e mostram os primeiros onze anos desde o tempo colonial até ao pós-independência.
Em 1991, um curto-circuito provocou um incêndio no edíficio onde estava localizado o INC, destruindo todo o equipamento de produção e todos os filmes em distribuição, sobrando apenas os filmes que se encontravam arquivados. Filmes esses que acabaram por ser abandonados e entregues à degradação. O governo deixou de apoiar o cinema Moçambicano.


Nota: Foi feito um documentário acerca do Kuxa Kanema, em 2003 pela realizadora portuguesa Margarida Cardoso.

3 comentários:

Anónimo disse...

Força! Divulgar o que se faz de bom neste País é importante. Parabéns
Ana Besteiro

Anónimo disse...

Muito triste :'(

Luis Simao disse...

Boa ineciativa a vossa. A história do cinema Moçambicano claro que remonta apenas a 1975. Com a criação do INC e o arranque da produção nacional de filmes de forma regular remonta de 1980. Em 1984 ja se estava a fazer ficção. Portanto ha inúmeras e ricas histórias desenvolvidas até ao momento actual.Os "fazedores do cinema moçambicano" que o digam. Diversifiquem as vossas fontes, pois vão encontrar muitas surpresas.
Ao vosso dispor.
Um fazedor do cinema moçambicano.
Luis Simão
Professor de Cinema e AudioVisual I e II na Universidade Apolitecnica. Maputo